domingo, 16 de fevereiro de 2014

Entrevista para JC NEWS -Atitude Cidadã

Oi pessoas lindas!

Estamos com quase 10.000 acessos e vamos comemorar em grande estilo.
Agora a noite dei uma entrevista para o JC News falando da nossa campanha Lenços do AMOR e do nosso blog. Muito feliz com isso, pois vamos ter nossa campanha divulgada e se Deus quiser ainda mais pessoas doando e acreditando na nossa campanha.
Então convido vocês a ouvir a entrevista na JC News estação 90.3 que será veiculada nos dias 17/02 e 19/02 ás 21:00 e 16:00 hs respectivamente no programa Atitude Cidadã.
Conto como sempre com o apoio de vocês!
#amarreessaideia
#compartilhem


Pós cirúrgico

    Oi pessoas!

    Antes que alguém desista de ler no meio do caminho, gostaria que soubessem que se fosse voltar no tempo, mesmo sabendo o quanto é sofrido o pós cirúrgico, garanto que faria tudo outra vez.
    Bem que a gente poderia pular essa parte...mas, como prometi a vocês que tentaria contar a história o mais próximo do que vivi, vamos lá.
Eu sempre achei que suportava sentir dor (não era mole), afinal tive dois filhos de parto normal e sempre acreditei que esse seria o nível máximo de dor que poderia sentir, foi aí que me enganei.
    Quando estive no consultório de Dr Milton pela 2ª vez e ele me entregou um receituário com alguns remédios pra dor preferir acreditar que não precisaria daquilo tudo e que aquilo seria mais uma precaução, mas também lembro dele me alertando de que não seria um pós cirúrgico fácil, visto que eu faria uma cirurgia de grande porte e como falei a vocês em um outro post, a cirurgia de reconstrução é feita com músculo e pele das costas, o que me deixaria com uma cicatriz de mais ou menos um palmo nas costas e um recorte na mama.
    Sai da clínica me perguntando como eu faria pra dormir, afinal eu teria uma cirurgia nas costas e outra na mama e sabia que dormir de lado mesmo do lado direito (não cirurgiado) não seria possível.Pensei!Será que vou ter que dormir em pé? Pra minha provisória alegria isso não seria necessário,questionei com Dr Milton como seria minha dormida e ele me falou que podia dormir com a barriga pra cima, ou seja, em cima da cirurgia das costas.Que jóia!Sempre achei esse o pior jeito para dormir, que sorte a minha.
    A cirurgia foi um sucesso, tudo dentro do esperado, tive alta em menos de vinte e quatro horas e foi exatamente aí que começou o meu tormento.
    Fiquei com medo de ficar em casa sem todo aquele aparato que temos no hospital, acho que é normal isso. Graças a Deus pude contar com pessoas que foram indispensáveis nesse processo e gostaria de destacar algumas: Nara que durante muitos dias esteve comigo diariamente trocando meus curativos, com toda paciência do mundo, Cleinha que também por muitas vezes me socorreu seja presencialmente ou por telefone, Shenna que também me ajudou com os curativos, mainha com certeza não teria suportado sem a senhora,Dário(meu padrasto,meu pai, meu amor)obrigado por liberar mainha, Bebel minha prima eu jamais conseguirei agradecer tudo que fez por mim, Nah, Liuminha, tia Uda,tio Efraim, obrigada pelos almoços feitos com tanto carinho, tias Janda, Janimaria, Jarda, Maria,obrigada pelas visitas e por me entender, vó obrigada pelas comidas já prontinhas que a senhora mandava,coisa boa sentir seu tempero,Léo e Simone, agradeço pelo carinho, palavras, remédios e todo dengo que me deram,primos,primas,amigos,irmãos,filhos. A todos deixo meu tão sincero agradecimento por toda dedicação,carinho, cuidado que tiveram por mim.Amo muito vocês.
     Enfim estar em casa mesmo cercada de tanto carinho e cuidado não foi fácil, afinal ter dois drenos pendurados fizeram ser os primeiros dias pós cirurgias os dias mais longos de minha vida. Como sempre fui muito ativa depender das pessoas para tudo, foi  muito complicado.
     Comecei sentir muitas dores. Nunca fui de reclamar de dor, desde pequena quando vinha reclamar de dor era porque já estava realmente no meu limite e dessa vez não foi diferente, sentia dores todo o tempo, tomava vários remédios para dores, anti-inflamatórios, calmantes para dormir e nada diminuía as dores que sentia, hora ou outra sentia um pouco de alívio, mas ficar sem dor mesmo foram poucos momentos. Os drenos precisavam ser esvaziados de tempo em tempo, foi aí que percebemos que um deles não estava drenando e foi justamente por isso que vimos que a mama cirurgiada começou a apresentar um pouco de vermelhidão, como eu já não estava suportando as dores resolvemos ir ao hospital.
     Chegando lá fui atendida por um cirurgião que me fez sentir uma das piores dores que sentir em minha vida, como eles tinham colocado um remédio pra dor através de soro e seria necessário colher sangue pra um exame  e não podia colher esse sangue de nenhum dos dois braços (um por ter sido colocado a medicação e o outro por eu ter feito o esvaziamento) o médico teve a brilhante ideia de colher sangue da minha virilha, nossa!Que dor, lembro que pra variar, chorou eu, Antonio e mainha. E nem me questione o nome do médico, porque prefiro sempre deixar minha memória ativa para as boas lembranças, portanto não sei o nome dele. O que sei é que ele constatou que um dos drenos estava de fato com defeito, mas mesmo assim ele alegou que não poderia trocar porque o hospital não permitiria tal troca por se tratar de algo muito caro, questionamos a ele por algumas vezes caro quanto? E ele nunca respondia, até que tive a brilhante ideia de ligar para Dr Milton afim que ele esclarecesse aquele médico da necessidade do dreno ser trocado, até hoje não sei o que Dr Milton falou com ele, mas o que sei é que o dreno foi trocado (a cirurgia foi na quarta e essa agonia foi no sábado) foi feita uma ultrassom para verificar se estava tudo ok e passei aquela noite internada, melhor dizendo, passamos, pois todas as noites que estive internada Antonio esteve comigo.Te amo chatice.
     Pela manhã recebi a visita de Dr Milton, me senti tranquila demais por ele estar ali, conversamos um pouco e ele explicou que só teria alta a noite após tomar outra dose de um antibiótico,mas que estava feliz por me ver "bem" e ter sido descartada a possibilidade de ser refeita a cirurgia.
    Chegou a noite fomos pra casa, dessa vez com o dreno funcionando.
     Mas as dores, não deixaram de me fazer companhia. Chegou o dia de tirar o dreno, fui morrendo de medo ao consultório de Dr Milton e para minha grata surpresa a retirada dos drenos e dos pontos não doeram. Quando digo que sou sua fã, não estou exagerando.
     Mas as dores...continuavam a me acompanhar. Lembro que um dia de tanta dor que eu sentia, olhei pra mainha (normalmente todo mundo saia de perto, ninguém aguentava ver meu sofrimento) e falei pra ela que se soubesse que iria sofrer tanto tinha preferido ficar sem a mama, mas, como disse no começo e digo sempre, faria tudo de novo e não há dor que fique para sempre e não há sofrimento que perdure, uma hora...Tudo passa!Graças a Deus por isso.
    Ganhei de minha tia Janimaria um urso lindo e grande que o batizei de Bonito Lee (tia a senhora me mima demais, e eu adoro isso,rss) e eu comecei a usar o bonito pra esquecer as dores, quando as dores ficavam insuportáveis eu tirava foto de Bonito em situações inusitadas para aliviar minhas dores, na verdade para tentar esquecê-las e fazer com que minha prima e minha mãe se distraíssem um pouco.Além de Bonito Lee ter sido meu travesseiro e minha escora por muito tempo.
    Fiquei bastante inchada por conta da retenção de líquidos após a retirada do dreno e me auto apelidei de Glória, aquela do filme Madagascar, minha silhueta ficou muito próxima a dela,rs. Pena não ter encontrado a foto para mostrar a vocês.
    Dormir por muitas noites na cadeira do papai na sala e Antonio no chão pra me fazer companhia, pois não conseguia deitar na cama, acho que levamos bem um mês para voltarmos a dormir no nosso quarto. Obrigada amor pela paciência e eu te desculpo pelas vezes que de madrugada se levantou para me levar ao banheiro e esqueceu de levantar minha calcinha,rs (como andar com a calcinha na altura do joelho até hoje não aprendi). Te amo assim  mesmo.
    Hoje sei que sou ainda mais forte do que aquela menina que teve o primeiro filho de parto normal aos dezesseis anos e tenho a certeza de que tudo que passei e tenho passado tem feito e fará de mim uma pessoa ainda mais forte e melhor.
    Reforço meu agradecimento a todos que estiveram comigo.
    Dr Milton Rocha, Dra Denise Sobral e toda equipe médica e de enfermagem, mas uma vez agradeço a Deus pela vida de vocês.
    No próximo post vamos falar sobre fisioterapia e colocação do cateter.

    Beijoss e fiquem na PAZ!

    “Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser o nosso segredo (…) Uma cicatriz significa: Eu sobrevivi. ”
Caio F Abreu
Mais ou menos um mês pós cirurgia,já tinha aprendido a conviver com a dor e já sabia bem meus limites


Bonito Lee

Primeira saída pós cirurgia com meu amor, olha a cara dele de cansado,rs.


Bonito Lee comendo

Bonito me fazendo inveja, pois eu não podia deitar na rede.

Tentando desfazer meu bico.

Bonito Lee tricolor!




domingo, 9 de fevereiro de 2014

Dia da cirurgia.06/11/2013

Oi pessoas!

Hoje vamos conversar um pouco sobre o dia da cirurgia.
Parecia que não ia chegar nunca, foi um dos meses mais longos da minha vida, acho que só não foi mais longo que os meses quando estava grávida de meus filhos(aquele último que parece levar o período todo da gravidez), mas o dia chegou.
O período de espera até a cirurgia acabou sendo muito importante para meu tratamento,durante esse tempo pude ter certeza do quanto sou querida e que família é algo realmente divino.
Recebi muitas visitas, tive a reaproximação de minha família (principalmente por parte de pai) e fui coberta de carinho, atenção e muita manha.Minhas tias são profissionais nessa arte (me enchem de dengo,até o presente momento),rs e minha mãe com a qual já falava sempre (mesmo que por celular) ficou ainda mais coladas a mim. Meus irmãos (somos um total de sete) me encheram com seu amor, cada um a sua maneira e com a sua vida corrida.Vó!Amo a senhora por demais!
Lucca e Bia, vocês são minha vida!Dário, te amo!
Primos, amigos, todos vocês foram de muita importância.
Sobre Antonio nem vou falar, ele já tá se achando demais.Foi e tem sido meu grande companheiro.Te amo!
Nosso apartamento nunca foi tão movimentado, foi uma maravilha!Não me sobrava tempo pra pensar em besteiras e gostava mesmo que as pessoas me vissem bem.

Mas chegou o dia da cirurgia.
Precisei ser internada logo cedo para fazer um exame chamado linfocitilografia mamária, no final explico como é feito exame e pra que serve. Posso adiantar que doeu demais, chorou eu e Antonio quando o enfermeiro colocou o contraste.Mas, como sempre digo, tudo passa!Ufa!
Após o exame fomos para o quarto esperar o horário da cirurgia.
Recebi algumas visitas, não vou citar nomes, pois como tomei anestesia, calmante, sei que posso esquecer de alguém, mas pessoas lindas e muito queridas que estiveram comigo também nesse momento, vocês são mais que especiais, e todos que estiveram em oração, recebam aqui minha gratidão.
Dr Milton esteve no quarto, conversou comigo, me pintou toda (marcou os locais a serem fatiados,rs) e de brinde me deu três pintinhas em cada rosto, cheio de gracinha, rs.
Não lembro do nome da anestesista, mas lembro que era uma moça muito educada e agradável, me explicou que devido ao porte da cirurgia seria anestesia geral e como eu já sabia a cirurgia teria uma duração média de seis horas. Me deu um remédio pra dormir e eu não dormir,rs.
Lembro do momento que fui para o bloco cirúrgico, acordada e tranquila, Antonio nervoso e chorando, mainha e Dario tensos mas mantendo o controle.
Entrei no bloco cirúrgico acordada e dei de cara com Dr Milton que estranhou eu o fato de eu ainda estar acordada. Foi a última coisa que ouvi antes da cirurgia.
_ Tu estas fazendo o que acordada?
Sei lá! rs.
_ Tu tomou remédio?
Tomei.
_ Tu bebe?
Não.
_É um touro.
Risos.
_Anestesia logo essa mulher. Disse Dr Milton.

Daí, eu não lembro de mais nada.Diferente do que algumas pessoas falam, eu não tive sonhos, nem qualquer lembrança da cirurgia em si.
A cirurgia durou quase seis horas e passei mais quase duas horas no repouso antes de ir para o quarto.
Me acordei com a bota pós cirúrgica pressionando minhas batatas e quanto ainda meio desorientada olhei para meios seios eu já estava com curativos e sutiã apropriado. Fui levada para o quarto e sei que tinha um monte de gente lá. Eu tinha sugerido a Antonio fazermos uns peitinhos de biscuit pra entregarmos como lembrancinha com os dizeres lembrança do meu peitinho,rs. Ele não deixou. Chato!
Enfim não me lembro se dormir bem aquela noite, sei que me acordei e recebi a visita de Dr Milton que me examinou e deixou minha alta liberada para o início da tarde.
A cirurgia na minha concepção foi um sucesso, foi retirado um pouco mais de 600 gramas de mama(esquerda) e vinte gânglios.Diferente da maioria das cirurgia de mama onde se é feito o esvaziamento da axila, não fiquei com o braço inchado, nem tive grande sequelas.Falaremos mais sobre no próximo post.

Minha cirurgia foi feita por:
Dra Denise Sobral (mastectomia)
Dr Milton Rocha (reconstrução)

Local:
Hospital Esperança

Deixo aqui meu agradecimento a toda equipe médica, de enfermagem e a todos envolvidos que me trataram tão bem.Muito obrigada.Agradeço a Deus pela vida de vocês.

Linfocitilografia de mama:
Um dos métodos eficazes da medicina nuclear é a linfocintilografia, a cintilografia feita em um linfonodo localizado na axila para detectar se neste linfonodo existem células cancerígenas. Isto se aplica nos casos de câncer, principalmente de mama. Depois de detectado pela linfocintilografia prévia, e retirado numa incisão de 2 a 4 cm, o linfonodo vai para a biópsia e a partir daí o médico sabe se nele há ou não uma metástase. Não havendo, o restante dos gânglios da axila, também serão preservados.
A medicina nuclear ainda é vista com muito temor pela grande maioria das pessoas. Isto se deve ao fato de que estes exames chamados de cintilografias são realizados com um líquido radioativo conhecido como contraste. O nome sem dúvida assusta, mas na verdade o nível de radioatividade é menor do que, por exemplo, um simples raio-X. Fonte: Internet

Em resumo é um exame onde é injetado contraste na mama e após um período são feitas as imagens numa máquina parecida com essas de ressonância.

Vale lembrar que não tenho nenhum conhecimento técnico, nem específico sobre cirurgias ou exames, tudo que repasso a vocês é retirado da internet ou de minhas conversas com os médicos.

Há!Encontrei com Dr Milton ontem no estacionamento do Shopping, como sempre a simpatia em pessoa, ele foi um único médico que não pedi autorização pra colocar o nome no blog, mas ele me disse que já estava sabendo do blog e estava feliz em me ver bem. Dr Milton o Sr é lindo por dentro e por fora, rs. Grande beijo no Sr e na sua família.

Por hoje é só, no próximo post falaremos sobre o pós cirúrgico (difícil, viu?).

Um grande beijo e fiquem na PAZ!

Máquina onde são feitas as imagens

Demonstração de como é colocado o contraste na mama

Essa foto é pra representar o apoio que recebi de todos, nesse dia que foi tão difícil e importante pra que eu esteja hoje aqui contado história.Obrigada.Muito obrigada!

Eu e Antonio Leite...acho que dispensa comentários.